segunda-feira, 13 de abril de 2009

Poema inspirado por Dalila...

Esse poema, como o próprio título sugere, é inspirado e dedicado a uma mulher chamada Dalila, porém esta mulher existe apenas no âmbito do imaginário.
Em síntese, Dalila, trata-se de uma personagem de uma história ainda inacabada...
Vale lembrar que o eu-lírico é masculino!
Sem mais enrolação ae vai o poema...rs


Poema inspirado por Dalila


Lembro-me de quando vi aquela mulher...

E essa magnífica lembrança atormenta

Meus ímpios pensamentos

Recordo-me daquele aroma suave...

Daquele sorriso espontâneo

Daqueles olhos imensamente expressivos

E simultaneamente doces...

Questiono-me ao ter tais pensamentos

Será possível conhecer tão pouco uma mulher

E se encantar tão facilmente?

Será possível apaixonar-se

Apenas em questões de segundos

Sem ao menos, tocar o objeto amado?

Tais questões atormentam minha mente

Tanto quanto aquela mulher atormenta a minha razão...

Preciso vê-la...



Rio de Janeiro, março/2009 - Ana Cristina

quarta-feira, 25 de março de 2009

Um "Novo" Poema


Poema Dedicado a uma Alma Encoberta


Sou apenas um ser
Dotado de partes desconexas
Buscando a redenção

Sou um alguém merecedor
De todo o fardo diário,
Sempre envolto por uma
Camada de falsas ilusões

Sou simplesmente um homem
Querendo amadurecer
Suas idéias mais íntimas
E mais secretas

Sou feito de sentimentos
Incompletos.
E,desse modo, sigo vagando
Pelos cantos, astrás da alma
Que nunca possuí.

Ana C. - Rio, 05/01/2009

Nossa!
Quanto tempo não aparecia por aqui...!
Acho que agora voltei com força total!
Boa noite a todos...
Beijos!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Sonho Mau

Olá!!

Hoje vou postar um poema novo...espero que vocês curtam!
Beijos a todos...!



Sonho Mau


À noite,
junto ao travesseiro,
me dei conta de que não tinha
você por perto.
De madrugada,
quis achar teu hálito
pra aquecer meu desejo e me vi sozinha.

Amanheceu o dia e
não pude sentir tuas mãos entrelaçadas ao meu corpo e
me desesperei.

Pensei
ter perdido você.
Pensei
ter me deparado com a solidão.
Então,
todos os nossos momentos juntos
passaram como filme em minha cabeça, em uma questão de segundos.

Precisava ouvir
tua voz.
Precisava sentir-me
viva.
E tudo que precisava ser dito,
fora dito.

E meu coração pôde, finalmente,
se acalmar.


Ana C. R. Gonçalves - Rio, 22/12/2008.

sábado, 22 de novembro de 2008

Um simples desabafo...

Olá!

O poema que estou postando hoje, reflete bastante a minha situação emocional.

Quem me conhece bem, entende o que está se passando comigo no momento... e este poema é um reflexo de tudo isso!


Desabafo

 

Saudade do tempo em que se podia confiar em todos sem medo.

Sinto falta de poder me abrir com uma pessoa e não me importar se estou me expondo demais ou sendo evasiva.

Sinto falta do tempo de criança em que apenas brincar com uma boneca bastava para alegrar o dia.

Sinto falta da época em que me permitia lidar com os outros sem temer a reprovação ou o descaso.

Saudade do tempo em que era simples encontrar alguém que se possa contar para tudo.

Sinto falta de quando era fácil arrancar um sorriso do rosto de alguém.

Sinto falta de poder confiar nas pessoas que um dia considerei e tratei como “boas amigas”.

Sinto falta da inocência da infância...

Ah! Saudade de quando as pessoas ainda se importavam com o sentimento alheio.

 

Sinto falta do tempo que passou...e não mais retornará!

 

As pessoas preferem se acomodar diante dos fatos e se aprisionar em suas dimensões individuais.

E assim, nós, seres humanos, seguimos...

Isolados e descrentes uns dos outros.

Assim vivemos...

Como ilhas, cercados pelo vazio da indiferença.


Ana Cristina R. Gonçalves- Rio de Janeiro, 13/11/2008

 

 

 

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sem título...

Olá!!

Hoje vou postar um poema que não tem título. Mas gosto dele mesmo assim!
Espero que vcs tb gostem...
Quem quiser comentar... por favor, o faça!
Beijos e até mais!



Gosto do toque
Gosto de ser manuseada
Aprecio o homem capaz de manipular
o corpo e os desejos de uma mulher.
Valorizo olhares...
Admiro o beijo que antece a traição, 
pois me aborrecem os que usam palavras.
Me alegro ao pensar que o amanhã
morrerá depois de amanhã.
E me satisfaço com pensamentos impuros,
enquanto desejo a pureza e salvação
de minha alma.


Ana Cristina R. Gonçalves- Rio de janeiro, 22-05/2007


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Um Poema de Vinicíus...


Olá!!
Hoje não postarei um poema da minha autoria, e sim, um poema feito
pelo eterno Vinícius de Moraes, ele se chama:  "A Vida Vivida". Quem quiser comentar, 
fique à vontade...
Beijos.

A Vida Vivida

Quem sou eu senão um grande sonho obscuro em face do Sonho
Senão uma grande angústia obscura em face da Angústia?
Quem sou eu senão a imponderável árvore dentro da noite imóvel
E cujas presas remontam ao mais trsite fundo da terra?

De que venho senão da eterna caminhada de uma sombra
Que se destrói à presença das fortes claridades
Mas em cujo rastro indelével repousa a face do mistério
E cuja forma é a prodigiosa treva informe?

Que Destino é o meu senão o de assistir ao meu Destino
Rio que sou busca do mar que me apavora
Alma que sou clamando o desfalecimento
Carne que sou no âmago inútil da prece?

O que é a mulher em mim senão o Túmilo
O branco marco da minha tora peregrina
Aquela em cujos braços vou caminhando prar a morte
mas em cujos braços somente tenho vida?

O que é o meu Amor, ai de mim! senão a luz impassível 
Senão a estrela parada num oceano de melancolia
O que me diz ele senão que é vã a palavra
Que não repousa no seio do abismo?

O que é o meu Amor? senão o meu desejo iluminado
O meu infinito desejo de ser o que sou acima de mim mesmo
O meu eterno partir na minha vontade enorme de ficar
Peregrino, peregrino de um instante, peregrino de todos
os instantes?

A quem respondo senão a ecos, a soluços, a lamentos
De vozes que morrem no fundo do meu prazer ou do meu tédio
A quem falo senão a multidões de símbolos errantes
Cuja tragédia efêmera nenhum espírito imagina?

Qual é meu ideal senão fazer do céu poderoso a Língua
Da nuvem a Palavra imortal cheia de segredo
E do fundo do inferno delirantemente proclamá-los
Em poesia que se derrame como sol ou como chuva?

O que é meu ideal senão o Supremo Impossível
Aquele que é, só ele, o meu cuidado e o meu anelo
O que é ele em mim senão o meu desejo de encontrá-lo
E o encontrando, o meu medo de não o reconhecer?

O que sou eu senão Ele, o Deus em sofrimento
O tremor imperceptível na voz portentosa do vento
O bater invisível de um coração no descampado...
O que sou senão Eu mesmo em face de mim?

Vinícius de Moraes  


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mais um poema de minha autoria...

Olá!
Boa tarde...
Estou postando meu segundo poema aqui no blog, ele se chama "Alternativas". Por favor, dêem suas opiniões e façam críticas a respeito ok? Qualquer comentário é válido.


Alternativas

Cicatrizes para indicar o amargo
da vida
Algemas para impedir 
a evolução
Paz para enganar
aos tolos
Morte para aliviar
a dor.
O amanhã para alimentar
falsos otimistas
Poesia para encantar os
bons corações
Música para temperar
dias frios
Madrugada para atrair
a inspiração.
Sorrisos para cativar 
os desprezados
Olhos para transmitir
a ira
Lágrimas para mostrar
a angústia
Política para hipnotizar
a população.
Filhos para herdar seu
fracasso
Palavras para expressar 
o indefinível
Mentiras para acalmar
o ego...
E Amor para dar a si mesmo
uma segunda chance.

Ana Cristina R. Gonçalves- Rio, 02/07/2006